Linha acima, linha abaixo, seguia o comboio. E nós com ele seguíamos, animados, tocando e cantando esfuziantemente, para deleite (ou desespero) dos passageiros, sempre sob o olhar policial do pic...do Sr. Revisor (que, na viagem de ida, até nos calhou um simpático). O certo é que até chegarmos a Coimbra, não nos calamos. Sempre a cantar e a tocar. E é isso que se quer! Como já dizia o outro: "Temos Pilhas DuraCell!". E pelos vistos, temos também "Claustrofilia", "Atracção por Espaços Fechados" (olha olha p'ra mim que sei falar caro). Mas isso são outros quinhentos....
Chegados a Coimbra, deambulamos alegremente pela cidade (cidade acima, cidade abaixo), passamos por sítios e lugares, incluindo um cafézito no qual nos "coagiram" para uma prova de jeropiga caseira (como se nós fossemos prova-la contrariados, claro que sim). E a propósito disso, quero deixar-vos um aviso...
Uma estrela cadente é um sinal. Um piscar de olhos é um sinal. Um octógono vermelho com STOP em letras brancas é um sinal. Jeropiga Artesanal a 2,5€ a garrafa não é um sinal, é uma oportunidade de negócio extremamente vantajosa! Portanto, caso se vejam numa situação análoga a esta, não hesitem: COMPREM COMPULSIVAMENTE! Pois isto é aquilo a que se chama "The chance of a lifetime" (e há burros que não aproveitam, vejam lá...).
Retomando...
Após uma pequena caminhada pela cidade, tivemos o rendez-vous com as nossas guias, duas jovens de nome Tita e Bárbara, que nos guiaram até ao ponto de interesse seguinte: a cantina da UC. Hora de jantar, portanto. Depois de um jantarzinho animado, a Tuna seguiu em procissão até ao Auditório do Instituto Português da Juventude, onde se iria realizar o belo do encontro. Tempo para beber um cafézito, sossegar, descontrair...e conviver. Connosco estava também a Phartuna (Tuna Mista da Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra), a TunaPapaMisto (Tuna Mista do Instituto Politécnico de Portalegre) e a Real Fortuna Académica de Coimbra (Tuna Mista do Instituto Superior Bissaya Barreto), as tunas com as quais faríamos o espectáculo. E, ov corse, a tuna anfitriã, a Desconcertuna.
Chegada a horinha, a tuna entrou naquele que foi, sem dúvida, o palco mais bem iluminado que alguma vez pisara. E para um palco bem iluminado, nada como dar uma brilhante actuação (ainda que sob condições de iluminação de temperatura semelhantes á do Sahara). A nossa maneira , fizemos o que fazemos melhor: córtir e divertir. Ao som entusiástico de O Carteiro, e pelo meio do público, viemos á nossa vidinha, pousar o equipamento, e dar início a uma noite de borga que "acabara de começar". Findadas as actuações das tunas convidadas, a Desconcertuna, last, but not least, entrou em palco, e fechou com chave de ouro (actuação que provocou sonoras manifestações de euforia na Looney). Um verdadeiro espectáculo!
E eis que nisto chega o momento fófinho da noite. Novamente no palco, as tunas juntaram-se para cantar os parabéns , e comer uma fatiazinha (ou duas) de bolo. E depois disto, ala pr'a night!
Resumindo e concluindo, foi um evento do (aquela palavra que começa por "c" e acaba em "alho", e que não é carvalho). Esperamos sinceramente voltar, e seguramente o faremos. Um "Grande Obrigado" à Desconcertuna pelo convite e pela companhia, um "Grande Abraço" ao Sr. Afonso, o destemido técnico de som que conseguiu a proeza de mudar um microfone sem sofrer nenhum impacto das letais bandeiras do nosso Subwoofer (um feito notável!), um "Nós voltamos para beber um copo!" aos temíveis "Salteadores da Jeropiga", um "Vocês são grandes!" e um "Muito Obrigado" às nossas Guias, e também às duas jovens membros da Atituna que connosco palmilharam toda esta aventura, a Maria João e a Catarina (A.K.A. Fígaro Metallicus e Karité).
Vocês são grandes, pá!
E já agora, uma palavra amiga aos Srs Revisores dos veículos da CP. Por favor, sejam simpáticos. Não somos vândalos, nem hooligans. Somos jovens na flor da idade, que apenas queremos divertir(-nos). Se por vezes somos incorrectos, não é por mal. O termo "pica" é carinhoso, e não achincalhante. E nós sabemos que o vosso trabalho não é fácil, sobretudo às seis e pico da matina, quando apetece é estar a dormir e não a pedir o bilhete a uns "morcegos" que não se calam. Nós compreendemos-vos, por favor compreendam-nos a nós (e se realmente se estiverem a passar connosco, e nos quiserem pontapear carruagem fora, avisem primeiro, por favor, não disparem á queima-roupa). O nosso Obrigado.
E Boa Viagem!
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