quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Retiro de Inverno 2012/2013

No passado dia 2 de Novembro, a Looney Tuna partiu rumo a Cabeceiras de Basto para mais uma competição de drag-racing, organizada por fãs de carros exóticos. Chong Ottoman, destacando-se dos demais, proporcionou mais um admirável momento de superação nas ruas de Cabeceiras, ao arrecadar o 2º lugar do concurso, sendo apenas vencido pelo sanguinário street-racer de Laúndes acompanhado do seu muscle car, perfeito para a condução em estradas em mau estado. Em mau estado ficou, também, a auto-estima do nosso companheiro que, no entanto, não fez uso da sua arma secreta: os óculos de visão ao longe. Endereço, em nome da Looney, os mais sinceros parabéns e testemunho o incomensurável orgulho por mais uma conquista.
Durante a estadia em Cabeceiras sucederam, ainda, outros episódios de relevo. A noite do primeiro dia revelou 3 heróis. Após um dia extenuante, os membros da Tuna dormiam enquanto a ameaça espreitava no piso de cima: uma vespa com 8,6 cm de comprimento sobrevoava o corpo imóvel de Um Bongo. Cheech e Krillin voltavam da actividade de geocaching quando presenciaram o momento. Rapidamente, via walkie-talkie, contactaram o justiceiro de serviço, aquele que nunca descansa (a não ser nas viagens de automóvel, devido ao barulho do motor): Missionário. Imbuído da vontade dos deuses e envergando o traje académico, o último contemplou a vespa, olhos nos olhos. Num acordo de cavalheiros, Missionário e a vespa levaram a disputa para o piso de baixo, onde os caloiros, incautos, dormiam. Missionário foi encontrado inconsciente, no piso de baixo; a vespa desapareceu. O desenrolar da contenda é, até ao momento, desconhecido. 
No segundo dia, numa disputa amigável de futebol entre elementos da Tuna, Boca Doce mostrou o seu desagrado pelo facto de não haver árbitro e enviou a bola, num movimento rectilíneo uniforme, para uma galáxia próxima de nós, a Grande Nuvem de Magalhães. Perante o acontecimento, o grupo decidiu enviar o seu melhor guerreiro, Professor Astromar, habituado a ambientes com gases e poeiras, numa demanda pela bola perdida. Será que ele a encontrou? Não. Outros tentaram e também falharam. Não por falta de esforço, não por falta de capacidade, mas porque nem todos os tesouros perdidos devem ser encontrados.
Na noite do segundo dia, Naião apresentou ao Magister uma proposta que foi diferida. Inspirado em Singin' In The Rain (1952), Footloose (1984), Billy Elliot (2000), Save The Last Dance (2001), e, sobretudo, em Dirty Dancing (1987) e após privar com um carismático vendedor de sabão com uma estranha filosofia, Naião despiu-se de preconceitos, exibindo os seus dotes de bailarino à Tuna. A harmonia, majestosidade e fluidez dos seus movimentos conduziram vários elementos da TAFPCEUP a acompanharem o dançarino. Quando dança, este jovem incompreendido transforma-se, libertando o espírito e o sex appeal à la Gene Kelly.
No final do Retiro, colocando tudo em perspectiva, o Magister Metralha, vítima de insónias, teve um momento reflexivo ao fechar o portão da casa: ‘’Pá, eu vejo neste retiro os homens mais fortes e mais inteligentes que já viveram. Eu vejo todo este potencial a ser esbanjado. Poças, uma geração inteira a servir às mesas; escravos com colarinhos brancos. A publicidade leva-nos a ir atrás de carros e roupas, trabalhos que odiamos para que possamos comprar coisas de que não precisamos. Não temos propósito nem lugar. Não temos Grande Guerra. Não temos Grande Depressão. A nossa Grande Guerra é uma guerra espiritual … a nossa Grande Depressão é a nossa vida. Fomos todos levados pela televisão a acreditar que um dia iríamos ser milionários, deuses dos filmes e estrelas de rock. Isso não vai acontecer. E estamos a assimilar lentamente esse facto. E estamos muito chateados’’. 

Nós, muito windus, na tradicional foto do Retiro, prontos para voltar à Invicta! :D

E abalamos de volta à FPCEUP. Fim anti-climático.

1 comentário:

Moku disse...

Grande momento introspectivo, Magister.