No passado dia 2 de Novembro, a Looney Tuna partiu rumo a
Cabeceiras de Basto para mais uma competição de drag-racing, organizada por fãs de carros exóticos. Chong Ottoman,
destacando-se dos demais, proporcionou mais um admirável momento de superação
nas ruas de Cabeceiras, ao arrecadar o 2º lugar do concurso, sendo apenas
vencido pelo sanguinário street-racer
de Laúndes acompanhado do seu muscle car,
perfeito para a condução em estradas em mau estado. Em mau estado ficou,
também, a auto-estima do nosso companheiro que, no entanto, não fez uso da sua
arma secreta: os óculos de visão ao longe. Endereço, em nome da Looney, os mais
sinceros parabéns e testemunho o incomensurável orgulho por mais uma conquista.
Durante a estadia em Cabeceiras sucederam, ainda, outros episódios
de relevo. A noite do primeiro dia revelou 3 heróis. Após um dia extenuante, os
membros da Tuna dormiam enquanto a ameaça espreitava no piso de cima: uma vespa
com 8,6 cm de comprimento sobrevoava o corpo imóvel de Um Bongo. Cheech e
Krillin voltavam da actividade de geocaching
quando presenciaram o momento. Rapidamente, via walkie-talkie, contactaram o justiceiro de serviço, aquele que
nunca descansa (a não ser nas viagens de automóvel, devido ao barulho do
motor): Missionário. Imbuído da vontade dos deuses e envergando o traje
académico, o último contemplou a vespa, olhos nos olhos. Num acordo de
cavalheiros, Missionário e a vespa levaram a disputa para o piso de baixo, onde
os caloiros, incautos, dormiam. Missionário foi encontrado inconsciente, no piso
de baixo; a vespa desapareceu. O desenrolar da contenda é, até ao momento,
desconhecido.
No segundo dia, numa disputa amigável de futebol entre elementos
da Tuna, Boca Doce mostrou o seu desagrado pelo facto de não haver árbitro e
enviou a bola, num movimento rectilíneo uniforme, para uma galáxia próxima de
nós, a Grande Nuvem de Magalhães. Perante o acontecimento, o grupo decidiu
enviar o seu melhor guerreiro, Professor Astromar, habituado a ambientes com
gases e poeiras, numa demanda pela bola perdida. Será que ele a encontrou? Não.
Outros tentaram e também falharam. Não por falta de esforço, não por falta de
capacidade, mas porque nem todos os tesouros perdidos devem ser encontrados.
Na noite do segundo dia, Naião apresentou ao Magister uma proposta
que foi diferida. Inspirado em Singin' In
The Rain (1952), Footloose
(1984), Billy Elliot (2000), Save The Last Dance (2001), e,
sobretudo, em Dirty Dancing (1987) e
após privar com um carismático vendedor de sabão com uma estranha filosofia,
Naião despiu-se de preconceitos, exibindo os seus dotes de bailarino à Tuna. A
harmonia, majestosidade e fluidez dos seus movimentos conduziram vários
elementos da TAFPCEUP a acompanharem o dançarino. Quando dança, este jovem
incompreendido transforma-se, libertando o espírito e o sex appeal à la Gene Kelly.
No final do Retiro, colocando tudo em perspectiva, o Magister
Metralha, vítima de insónias, teve um momento reflexivo ao fechar o portão da
casa: ‘’Pá, eu vejo neste retiro os
homens mais fortes e mais inteligentes que já viveram. Eu vejo todo este
potencial a ser esbanjado. Poças, uma geração inteira a servir às mesas;
escravos com colarinhos brancos. A publicidade leva-nos a ir atrás de carros e
roupas, trabalhos que odiamos para que possamos comprar coisas de que não
precisamos. Não temos propósito nem lugar. Não temos Grande Guerra. Não temos
Grande Depressão. A nossa Grande Guerra é uma guerra espiritual … a nossa
Grande Depressão é a nossa vida. Fomos todos levados pela televisão a acreditar
que um dia iríamos ser milionários, deuses dos filmes e estrelas de rock. Isso
não vai acontecer. E estamos a assimilar lentamente esse facto. E estamos muito
chateados’’.
Nós, muito windus, na tradicional foto do Retiro, prontos para voltar à Invicta! :D
E abalamos de volta à FPCEUP. Fim anti-climático.
1 comentário:
Grande momento introspectivo, Magister.
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